viernes, 27 de junio de 2008

Soria




GACETILLA DE PRENSA DE
"GAZETA DO POVO"
Roteiro Fim de semana - Curitiva Estado do Parana


Peça busca essência do povo guarani

Teuni recebe, neste final de semana, o espetáculo Soria, do diretor paraguaio Wal Mayans, discípulo do renomado encenador italiano Eugênio Barba

Uma peça teatral diferente do que se está acostumado a ver. Esse é o espetáculo Soria, que será apresentado pelo grupo paraguaio Haras Teatro, de Assunção, nesta sexta-feira (13), sábado (14) e domingo (15), às 21 horas, no Teatro Experimental da Universidade Federal do Paraná, o Teuni. A direção é do também paraguaio Wal Mayans.

Inspirado na linha antropológica do famoso diretor italiano Eugênio Barba, Wal Mayans desenvolveu uma linguagem própria, intitulada Teatro Primigênio. Conforme o Dicionário Aurélio, o termo primigênio significa “o primeiro da sua espécie; primitivo, primordial”. E a teoria do paraguaio segue exatamente esse raciocínio. “É um teatro antropológico, que busca a essência do corpo paraguaio. Se esse espetáculo fosse encenado com brasileiros, tomaria um rumo completamente diferente”, explica a coordenadora da Companhia do Abração, Letícia Guimarães, que trouxe o estrangeiro para ministrar oficinas a seu grupo e pretende incorporar algumas das técnicas em suas peças.

Intercâmbio
Buscando o aprendizado, a Companhia do Abração e o Haras Teatro realizam troca de conhecimentos teatrais.

Wal Mayans e a Companhia do Abração fazem um intercâmbio cultural. O Abração pretende visitar Assunção nos próximos meses. E Wal Mayans se tornou peça fundamental na

construção da pesquisa teatral A Corda, desenvolvida pela companhia teatral curitibana.

Por tratar a leitura corporal de uma forma especial, Soria se enquadra em um tipo de espetáculo conhecido como dança-teatro. Essa forma de apresentação exige grande capacidade física dos

atores e, no Teatro Primigênio, busca o encontro com o corpo primitivo, anterior a colonização européia. “Esses corpos exprimem bem mais do que a língua pode falar. Eles possuem uma

dramaturgia própria, construída a partir de uma identidade primitiva”, afirma Letícia.

Com a técnica, o diretor paraguaio espera resgatar a autêntica identidade latina. “É um trabalho de investigação corporal, que procura se libertar de mesclas culturais. Com isso, é possível entender a cultura paraguaia”, esclarece o diretor paraguaio Wal Mayans.

E a principal referência da cultura do país se encontra na figura do índio guarani.

Enredo

A religião praticada pelos guaranis se baseia no fato de o homem poder alcançar o kandire, a imortalidade pela palavra, pelo relato e pelo mito. Por esse motivo, a peça trata do mito da Terra sem Mal, relatada pelo xamã Soria. Na crença, o homem pode ser ele mesmo, mas também se

transformar em um deus, imortal ou não.

Dice el simbolo; hubo en un dia un siglo que duro muchos siglos, un dia de cristal intacto clarisimo sin crepusculo ni aurora; y urutau que era joven volvio viejo no quedandole tiempo para emigrar a la tierra sin mal.

“Soria” es un mbya –guaraní creador del texto “Todas las cosas son una”, la recopilación de estos textos se dan en 1965 por el Antropólogo francés Pierre Clastres en la zona de la Selva del Paraná en el Paraguay.

Es la historia de un hombre, un sabio Chaman que rememora los mitos de su tribu; la inspiración, la exaltación poética se apodera de el: habla a propósito de los mitos, habla más allá de los mitos, hay como una especie de abandono a la magia del verbo que lo domina completamente y lo lleva a esas cimas donde mora lo que conocemos como “Palabras proféticas”.

La obra

Este espectáculo es una re-adaptación de los textos relatados por el chaman “Soria” sobre el mito de laTierra sin Mal y la creación de la cosmogonía religiosa guaraní después del segundo diluvio según ellos mismos. En el mito, el hombre puede ser hombre y sin embargo hacerse Dios, mortal y no obstante inmortal. Los ritos religiosos de los guaraníes están gobernados por esta creencia de que el hombre puede alcanzar el “Kandire”, la inmoralidad a través de la Palabra, del relato, el mito.

La Direccion

El planteamiento de este nuevo espectáculo no busca secretos antropológicos sino una raíz escondida detrás del velo de la historia,aquello que no se registra con las palabras
( lo innombrable) y sin embargo es una herencia que se estigmatiza a través del lenguaje del cuerpo; gesto - símbolo, es una constante que nos remonta a la más pura expresión más allá de la forma, y como decia Grotowski: no trabajamos para componer tratados sino para ensanchar la isla de libertad que llevamos dentro, esto significa dejar huellas ejemplos de libertad.....

Wal Mayans
Director


Fotos: Alexandra Dos Santos


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